segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"Os amores de Pedro e Inês"


D. Pedro e D. Inês de Castro
  • D. Pedro I foi o 8º rei de Portugal. Uns chamaram-no de Justiceiro outros de Cruel. Estas "alcunhas", ou cognomes, têm a ver com uma triste história de amor que viveu quando ainda era príncipe. Tens curiosidade? Então lê a história de D. Pedro e D. Inês de Castro, uma das mais famosas histórias de amor do mundo!

  • D. Pedro nasceu em 1320 e era filho de D. Afonso IV, que teve muitas dificuldades durante o reinado, nomeadamente por causa de pestes e maus anos agrícolas. Viveu também muitas guerras na conquista de África, por isso queria muito agradar o povo.
  • Tudo começou com o casamento de D. Pedro com uma princesa espanhola, D. Constança. Não existia amor entre os dois, uma vez que o casamento foi arranjado pelos pais. Foi nessa altura que D. Pedro conheceu D. Inês de Castro, uma das aias (dama de companhia) de D. Constança, por quem se apaixonou.
  • Esta ligação amorosa não foi nada bem vinda. Todos tinham medo que D. Inês, filha de um poderoso nobre espanhol, pudesse ter má influência sobre o príncipe. Assim, quando D. Constança morreu, D. Afonso continuou a condenar o namoro dos dois apaixonados.

  • De início, D. Afonso tentou afastá-los, proibindo D. Inês de viver em Portugal. Mas isto não resultou porque os dois pombinhos foram morar para a fronteira de Portugal e Espanha e continuavam a encontrar-se. Diz-se que se casaram nesta altura, mas ninguém sabe de certeza.

  • O rei estava muito preocupado porque via que o povo tinha medo da influência de D. Inês, além do mais não estava nada contente com as guerras e a fome que se viviam no reino. Assim se explica a decisão de D. Afonso IV de condenar D. Inês de Castro à morte, influenciado por dois conselheiros.
  • Sabias que o local onde D. Inês foi morta, em Coimbra, é hoje conhecido como a Quinta das Lágrimas? É um lugar onde os namorados se encontram.
  • Depois da execução de D. Inês de Castro, D. Pedro revoltou-se contra o pai e declarou-lhe guerra. Felizmente, a paz voltou graças à rainha-mãe, que evitou o encontro militar entre pai e filho.

  • Quando D. Pedro subiu ao trono, era muito cuidadoso com o povo, que gostava bastante dele. Mas uma das primeiras coisas que fez foi vingar a morte de D. Inês de Castro executando de modo cruel os ex-conselheiros do pai: mandou arrancar-lhes o coração! Dizia que era assim que se sentia desde que D. Inês tinha morrido.

  • O mais sinistro de toda a história é que D. Pedro elevou D. Inês de Castro a rainha já depois de morta e obrigou toda a corte a beijar-lhe a mão, ou o que restava dela (porque D. Inês já tinha morrido há dois anos).
  • Apesar de ter perdido o seu grande amor, D. Pedro voltou a casar-se e teve vários filhos, legítimos e ilegítimos. Dois deles chegaram a reis: D. Fernando e D. João I, Mestre de Avis.


  • Mandou depois construir o mosteiro de Alcobaça, onde fez um belo túmulo para D. Inês de Castro. Mesmo em frente mandou construir o seu, onde foi enterrado em 1367. Diz-se que estão nesta posição para que, quando acordarem no dia do Juízo Final, olhem imediatamente um para o outro.

  • A trágica história de D. Pedro e D. Inês inspirou poetas, escritores e compositores em Portugal e no estrangeiro. Camões foi um dos primeiros escritores a celebrar a lenda, em "Os Lusíadas".

6 comentários:

catarina disse...

Professora,a história de D. Pedro 1 e D. Inês de Castro é a melhor que eu já ouvi.
É uma história triste mas bonita.Mas eu não percebo porque é que um do cognome é cruel.É bem feito porque o pai mandou matar D. Inês de Castro .

Andreia disse...

Adorei esta história.

TIAGO SARAMAGO disse...

Olá Professora a história de D.Pedro I e D.Inês de Castro é muito bonita.
Mas não percebo porque é que D.Pedro I obrigou toda a Corte a dar um beijo na mão de D.Inês de Castro?

Inês Soeiro disse...

Olá professora,estive agora no blog e vi a história que a Catarina escreveu e para além de bonita, foi triste, mas mesmo assim adorei.Catarina muito bem,estou mesmo admirada. Beijinhos da Inês Soeiro para a turma A

leonardo disse...

Professora acho que é uma história romântica mas um pouco traiçoeira da parte do pai de D. por Pedro I mandar matar D. Inês de Castro.

catarina disse...

Tiago Saramago,então não se está mesmo a ver porque é que D. João primeiro mandou toda a corte beijar a mão de D. Inês de Castro porque mesmo morta ela continuava a ser rainha porque ele gostava dela.

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