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- A Padeira de Aljubarrota é uma das personagens mais curiosas ligadas à famosa Batalha de Aljubarrota (século XIV), onde, mais uma vez, os portugueses venceram os castelhanos.
- Já ouviste falar na Padeira de Aljubarrota?
Não se pode afirmar com certeza que esta pessoa tenha existido, nem
sequer que a história que se conta acerca dela seja verdade, mas ela vai
estar sempre ligada à Batalha!
-
Uma coisa é certa: existiu alguém, de nome Brites de Almeida, que foi
padeira naquela terra. E parece que era tão corajosa como a da lenda.
Vamos contar-te o que se sabe dessa mulher.
- Brites de Almeida nasceu em meados do século XIV em Santa
Maria de Faaron (hoje conhecida como Faro) e os seus pais eram gente
muito humilde.
- Conta-se que quando era pequena já era alta, muito forte e
musculada. E como era meio «Maria rapaz», gostava de resolver tudo com a
ajuda dos punhos.
-
Parece que quando tinha 20 anos os pais morreram e ela usou o pouco
dinheiro que eles lhe deixaram para aprender a usar uma espada (só os
homens nobres é que o faziam!).
- Então, para ganhar dinheiro, começou a usar os seus conhecimentos em feiras, onde fazia combates contra homens.
Ora esta história chamou a atenção de um soldado que a desafiou: se o
soldado ganhasse, Brites casava com ele. Se perdesse, ela matava-o.
O que acabou por acontecer...
-
O problema é que matar (um soldado) é crime, mesmo nessa época. Por isso
Brites fugiu. Roubou um bote com o objectivo de ir para Espanha, mas um
grupo de piratas raptou-a e levou-a para Argel (na Argélia), onde a
vendeu a um árabe rico.
- (Acreditamos que nisto tudo há muita imaginação, que é o que
acontece às histórias de aventuras contadas através dos tempos, mas...
Continua a ler...)
- No entanto, a «nossa Brites» não era pessoa para ficar presa.
Passado um ano convence outros dois escravos portugueses a fugir para
Portugal.
Disfarçou-se de homem e seguiu para Torres Vedras, onde comprou dois
machos e se transformou em almocreve (quem aluga e conduz bestas de
carga).
- Mesmo assim, os sarilhos não a largaram e, depois de se
envolver em várias lutas e provocar algumas mortes na zona de Lisboa,
Brites apanhou um barco para Valada, de onde, já vestida de mulher,
acabou por ir parar a Aljubarrota.
-
Para sobreviver, já cansada e sem maneira de ganhar dinheiro, começou a
pedir esmola à porta de um forno, o que chamou a atenção da padeira, já
idosa, que reparou que Brites era uma mulher forte e que a podia ajudar.
Assim, começou a carreira de Brites como padeira.
- Um dia, já depois da velha padeira ter morrido e já sendo
Brites a dona do negócio, deu-se uma grande batalha em Aljubarrota
(aquela que te falámos no início).
-
Como a maioria do povo português, ela também estava do lado de D. João,
Mestre de Avis, e não queria os espanhóis a governar Portugal.
- Conta a lenda que, depois de Nuno Álvares Pereira vencer os espanhóis nessa batalha, Brites chefiou um grupo de populares que perseguiram os espanhóis em fuga.
-
Nessa noite de 14 de Agosto de 1385, ao regressar, a padeira chegou a
casa e encontrou sete espanhóis escondidos no forno onde costumava cozer
o pão.
- Sem hesitar, pegou na pá de levar o pão ao forno e bateu-lhes até os matar, um a um, à medida que saíam do forno.
Várias versões desta lenda aumentam o número de castelhanos e também o número de crueldades que a padeira lhes fez...
Nós preferimos a versão mais simples em que, mesmo assim, a Padeira de
Aljubarrota faz parte da História de Portugal, nunca mais sendo
esquecida.
-
Claro que a sua história não acaba na época da Batalha. Parece que
quando fez 40 anos se casou com um lavrador rico que a admirava muito e
chegou a ter filhos.
- Sabias que a procissão de Aljubarrota sai sempre no dia 14 de
Agosto? E a pá que simboliza a vitória da padeira esteve presente nos
andores durante muito tempo!
3 comentários:
Adorei mesmo esta história mas queria saber se esta lenda é verdadeira.
Beijinhos até à manhã.
Esta história foi bonita mas queria saber se aconteceu mesmo.Beijinhos da Inês Soeiro.
Gostei a muito desta historia
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