O Milagre das Rosas
D. Isabel, mulher de D. Dinis, ocupava todo o seu tempo a fazer o bem a todos os que a rodeavam, visitando, tratando doentes e distribuindo esmolas pelos pobres.
Conta a lenda que o rei tinha muito mau feitio e não gostava de ver a rainha com os mendigos, proibindo-a de dar esmolas aos pobres.
Certo dia, viu-a sair do palácio às escondidas, foi atrás dela e perguntou-lhe o que levava escondido debaixo do manto. Era pão para distribuir pelos pobres. Ela ficou muito aflita por ter desobedecido ao rei e disse-lhe que eram rosas. O rei duvidou, pois não há rosas brancas em janeiro e pediu-lhe para o deixar ver. A rainha Santa Isabel abriu o regaço e o pão tinha-se transformado em rosas. Tão lindas como jamais se viu!
Andreia e pai
Inês Soeiro e pai
Ana Carolina e mãe
A lenda do Vinho
Há
muitos, muitos anos, um italiano, de nome Dionísio, que vivia na Grécia,
ao sentir-se muito velho, decidiu regressar à sua pátria e levar uma videirinha
porque não se lembrava de ter visto nenhuma na sua terra. Quando chegou plantou-a num osso de galo. A viagem continuou e a plantinha cresceu, então passou-a para um osso de leão. Como a planta não parava de crescer, o homem teve de a mudar e utilizou um osso de burro. Diz a lenda que é por isso que quem bebe pouco fica alegre como um galo, quem bebe um pouco mais fica forte como um leão e quem bebe muito fica burro como um burro.
Ana Sofia e mãe
A lenda da Moura Encantada
Há muitos, muitos anos contavam em Veiros, que no monte da Pipa vivia uma cobra debaixo de uma rocha, junto à fonte. Nas noites de verão, a cobra saía do buraco e punha-se a cantar.
Diziam os antigos que era uma moura muito bonita que ali tinha vivido e tinha sido transformada em cobra. A lenda conta que na noite de São João voltava a ser mulher.
Vasco e mãe
Sou filha de um rei lendário
Deixou-me esta obrigação
De cumprir o meu fadário
Entre a Pipa e o Lameirão
Lamento esta situação
Há tantos séculos passada
Triste é a minha condição
A de ser Moura Encantada
Meio serpente meio mulher
Assim eu fui encantada
Só passa este meu sofrer
Se por um homem for beijada
Passa o tempo lentamente
Nem vale a pena chorar
Fico aqui eternamente
Se ninguém me sedencantar
Eu não sou pobre nem rica
Sou princesa sem ter nada
Entre o Lameirão e a Pipa
Sou só a Moura Encantada
Nas noites de S. João
Toda a vila vai escutar
Entre a Pipa e o Lameirão
A minha voz de encantar
Escrito pelos tios do Vasco ( João e Rosalina)
A lenda dos passarinhos
Conta a lenda que a rainha Santa Isabel estava no seu paço em Estremoz à janela d
o seu quarto. Aqui costumava fiar com um fuso e, no parapeito da janela, pousavam alguns passarinhos que chilreavam como se estivessem a conversar com a rainha. A rainha correspondia-lhe sorrindo.
Os dias foram passando e entre a rainha e os passarinhos foi-se criando uma amizade. Uma tarde, das mãos da rainha caiu o fuso. Ao verem isto, as aves voaram e apanharam-no antes de chegar ao chão. Depois as aves depositaram o fuso no regaço da rainha e esta fez um gesto de gratidão e ternura.
Margarida e avô Pedro
Maria Inês e tio Jorge
Lenda de S. Martinho
A lenda diz que num dia de frio e de chuva, um soldado francês que estava em missão no exército romano regressava à sua casa em França.
Quando atravessava as montanhas dos Alpes encontrou um mendigo com muito frio e muita fome que lhe estendeu a mão a pedir esmola. São Martinho não tinha nada para lhe dar, por isso desceu do cavalo, tirou um manto vermelho que o protegia do frio e da chuva, cortou-o ao meio com uma espada e deu uma parte ao mendigo. De repente, deixou de chover, abalaram as nuvens e apareceu o sol como num dia de verão. Foi Deus que lhe deu esse tempo tão bom em recompensa da sua bondade.
Natacha Brites e Avó Tonha